sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Insiro aqui o vídeo de apresentação do blog em decorrência de uma viagem que terei de realizar e não poderei assim, estar na sala de aula apresentando para todos. Peço desculpas pelo transtorno.
Agradeço aos professores Joice e Márcio, as monitoras e a todos os colegas pelas reflexões que juntos fizemos. Espero que sejamos professores inovadores e como escreveu Bauman "que saibamos remar contra a maré" dessa padronização de consumo exagerado.
Fico triste com o tom de despedida que a postagem segue, mas creio que cada um de nós termina este semestre com novas ideias e novos conceitos sobre mídias e que agora sabemos o quanto a mesma influencia a educação.


" Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." ANTOINE DE SAINT- EXUPÉRY














quinta-feira, 25 de outubro de 2012


“(...) Questionar o que precisamos der, de fato, em termos de bens materiais. Temos de pensar sobre aquele que tudo tem, mas a ele parece o que é muito pouco em relação ao que acha que deveria ter.
Até onde vamos? Até onde eu vou levar minha vida ao esgotamento, à custa de quê? De ter mais relógios, canetas, carros, de poder consumir mais? Se eu estou perdendo vida, estou vendendo a minha alma. Aliás, os cristãos têm uma frase que muitos executivos deveriam pensar sempre. Diz: “De nada adianta a um homem ganhar o mundo se ele perder sua alma” (Mt 16,26) .”  (CORTELLA, 2010, p.59)




Referência:

CORTELLA, Mario. Qual é a tua obra? : Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 10ed.  - Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

Mídias e Educação: aprendizagens construídas

Quando a tarefa é escrever sobre reflexões desencadeadas através da disciplina de Mídias e Educação, me permito postar aqui partes de um livro contendo conteúdos como a banalização da normalidade e o quanto devemos tomar cuidado com tal banalização para que possamos nos desvincular deste mundo midiático e ser, então, pessoas “normais”.

“Em 1974, dois caciques da nação Xavante vieram visitar a cidade de São Paulo. Na época, os xavantes não usavam o dinheiro como meio de qualidade de vida. Para eles, qualidade de vida era alimento, porque era o jeito de garantir sobrevivência. (...)
(...) Sabe o que eles não conseguiram entender no shopping e a gente não conseguiu explicar?  Por que a gente entrava num lugar cheio de espelho. Eles achavam inacreditável que, num mundo cheio de gente, a gente gostasse de se ver, em ver em vez de ver o outro. Se você estava com você o tempo todo, por que ia querer se ver? Esse excesso de espelho é um símbolo ético também, de certa forma egonarcisismo, que veio sobre nós.
            Nós o levamos também a um lugar magnífico, o Mercado Municipal, na área central. Aquilo é uma espécie de entreposto comercial, imenso, projetado por Ramos de Azevedo (...). E no Mercado Municipal é comida para todo o lado. Eles deram dois passos e ficaram pasmos. Pilhas de alface, de tomates, de cenoura, de laranja. Ficaram com o olhar talvez como o nosso olhar ficaria se entrássemos no cofre de um banco. Em certo momento, um deles viu uma coisa que nenhum e nenhuma de nós veria Ele cutucou e perguntou: “O que ele está fazendo?” E apontou no chão um menino negro, pobre (a gente sabia que era pobre por causa da roupa, ele não saberia) pegando alface pisada, tomate estragado, batata já moída e colocando num saquinho. Nenhum e nenhuma de nós veria aquilo, pois para nós é normal. Normal? Cuidado com o conceito de normal.
            Nós falamos: “Ué, ele está pegando comida”. O cacique não disse mas nada. Ele continuou andando conosco, mas não prestou atenção em mais nada. Depois de uns 15 minutos, ele falou:
            - Eu não entendi. Por que ele está pegando essa comida estragada aqui no chão, se tem essa pilha de comida boa?
            - É que para pegar comida dessa pilha aqui precisa de dinheiro.
            - E ele não tem dinheiro?
            - Não tem.
            - Por que não tem dinheiro? – indagava o cacique.
            No que ele está cutucando? Na nossa base ética, no nosso valor de vida. A gente acha que uma criança com fome, mesmo diante de uma pilha de comida boa, pode comer comida estragada. Porque a vida é assim. É normal.
            - Ele não tem dinheiro porque ele é criança.
            - E o pai dele tem?
            -Não, o pai dele não tem.
            - Não entendi. Por que você, que é grande, tem e o pai dele, que é grande, não tem? De qual pilha você come, dessa daqui ou a do chão?
            - Dessa daqui.
            -Por quê?
            A única resposta possível para o cacique naquele momento foi a resposta que algumas pessoas que já desistiram dão: “Sabe o que é? É que aqui é assim”...
            Os dois índios, diante da resposta falaram uma coisa de que eu nunca mais esqueci. “Vamos embora.” Não é que eles pediram para ir embora do mercado, eles pediram para ir embora de São Paulo. Veja como eles são “selvagens”.
            Eles não conseguiram compreender essa coisa tão óbvia: que uma criança faminta, diante de uma pilha de comida boa, pega comida podre. Eles não são “civilizados”. Sabe como ele passaria batido e nem repararia na cena? Se ele tivesse sido criado em algumas de nossas famílias, se ele tivesse ido a algumas de nossas igrejas, se ele tivesse freqüentado a alguns de nossos meios de comunicação. Aí ele ia achar aquela cena normal.
            Neste instante, é bom lembrar que é necessário cuidar da ética porque senão anestesiamos a nossa consciência e começamos a achar tudo normal.” (CORTELLA, 2010, p.129)
           
           
Creio que este texto abarque grande significado perante todo o aprendizado que tivemos durante o semestre. Estamos tão acostumados a ver cartazes, imagens, folder’s, capaz de revistas por todo o lado com os mesmos corpos, as mesmas representações de beleza que acabamos por achar “normal” acusar alguém mais gordinho de não ter saúde, de ser feio, e até de não ser feliz. É normal fazer isso? Alguns podem até considerar um ato de normalidade esse julgamento prévio, mas e aos estudantes midiáticos, futuros professores? O que passaremos para nossos alunos se não a “normalização” da diferença?
Posso dizer que evolui muito com esta disciplina, e não só no lado profissional de iniciação à docência, mas também como pessoa. Aprendemos a (re)significar comerciais de tv e principalmente as necessidades dos jovens - cito jovens incluindo-me. Nunca fui muito consumista, nem exigente, mas após as reflexões criadas todas terças e quintas, devo confessar que meu lado critico perante as compras afloraram. É aquele velho dilema entre: quero ou preciso, e a verdade é que precisamos de pouco, bem pouco. A maior parte é do querer, e então vem à tona o pensamento criado durante todo o processo de aprendizado aqui: quero por quê? Quero impressionar a quem? Por quê? Se eu consumir isto me sentirei melhor?
Acredito que a partir do momento que analisamos as propagandas e dedicamos nossa atenção a elas, somos capazes de perceber um outro lado do mundo dos adolescentes e com isso, passamos a entender que na maioria das vezes os jovens consumem principalmente para fazer parte de determinado grupo. Quando por meio do texto de Márcia Figueira debatemos sobre o corpo feminino nos tornamos sensatos quando culpamos a mídia por todo o consumo gerado entre os jovens. Os jovens são tão potentes em relação às compras, que empresas já destinam os comerciais para o público certo: adolescência.
Falar desta nova geração de consumidores é brilhante, eles nos anestesiam a cada frase completa que pronunciam quando o assunto é “não consigo viver sem”. O processo de aprendizado que calmamente tentaremos ensina-los será de grande valia, pois agora temos preparos para conduzi-los a uma vida menos consumista.







Referências Bibliográficas:

CORTELLA, Mario. Qual é a tua obra? : Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 10ed.  - Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

Vídeo encontrado em: http://www.youtube.com/watch?v=AGY6AMLw0tA

Reflexões realizadas a cerca do texto “Os gastos dos adolescentes” encontrado no livro “44 cartas de um mundo liquido moderno” de Zygmunt Bauman.

Hoje, mais do que nunca, ao refletir sobre adolescentes remetemos nosso pensamento imediatamente ao consumo, seja por lembrarmos de vídeo games, celulares, computadores ou até mesmo os grupos sociais a qual estão inseridos. Segundo Bauman, os grupos a qual nos inserimos são aqueles cujo nos identificamos e damos a ele importância “Considera-se que estamos aptos para viver e agir em grupo quando adquirimos as competências para nos comportar de maneira aceitável e, então, somos considerados livres para assumir a responsabilidade de nossas ações.” (BAUMAN,2010, p.45) ou seja, no decorrer da nossa história social estamos sujeitos a fazer o que o grupo considera correto e agimos numa espécie de liberdade condicionada. É em decorrência disto que vemos adolescentes tão parecidos, agindo e vestindo-se da mesma maneira.
Percebemos o quanto a contemporaneidade em que vivemos modifica-se rapidamente quando Bauman trás uma pesquisa realizada pelo Office for National Statistics  sobre as despesas das famílias, afirmando que o adolescente gasta cerca de R$23.500,00 por ano.  É destacado também que os gastos dos jovens começam cada vez mais cedo, e que tais objetos não causam mais as mesmas sensações nos jovens e eles não atribuem os mesmos valores que em décadas passadas. Com base neste pensamento, podemos refletir até mesmo a cerca das crianças. Quando vamos a alguma loja de roupa infantil, o que vemos? Vemos cópias de roupas dos adultos em tamanho pequeno, não vemos mais as “roupas de crianças”. Nossa sociedade já foi infestada pela cultura em massa, fazendo com que adultos criem, desde cedo, o estilo de roupa que seus filhos vão vestir e, bem ou mal, instruindo-os a comprar, afinal, quem ao ver uma criança de meia calça, short, botinha e jaqueta jeans não faz algum elogio?  É um “mini-adulto” na “moda”. Famosos usam, a mídia nos “ensinou” que usar tais peças é estar na moda, logo, acreditamos.
Bauman cita Giacomo Segantini, um de seus leitores, e fala do modo diferente a qual ele vive, “Giacomo Segantini escolheu ou foi obrigado a remar contra a maré – e as ondas são poderosas.” (BAUMAN, 2011, p.55) admirando a forma como seu leitor leva a vida, não se deixando contaminar pela produção em massa de pensamentos e estilos de vida. No mundo imagético a qual vivemos, poucos são os que não se deixam influenciar pela mídia, e “remam contra a maré” e contra toda a pressão daqueles que nos rodeiam. Com isso, creio que estudar as “mensagens de markenting” nos garanta uma boa base para termos forças para lidarmos com todo tipo de pressão social e transmitirmos novos valores para outras pessoas – alunos.
Para encerrar,posto aqui um vídeo cujo fala exatamente dos gastos dos adolescentes para que possamos engendrar melhor nossas criticas.




Refêrencias Bibliográficas: 

BAUMAN, Zygmunt. Aprendendo a pensar com a sociologia, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010

BAUMAN, Zygmunt, 44 cartas do mundo liquido moderno, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.

Contrapropaganda



Nossa proposta de contrapropaganda foi um Folder sobre o vegetarianismo, contra a carne vermelha, apresentando uma nova proposta de vida para as pessoas. Acreditamos verdadeiramente que nos dias de hoje estamos em um consumo exacerbado em relação a carne, a propaganda é secundária a partir da venda de produtos que á contém como Fast Foods como Burguer King que está cada vez mais se colocando no mercado com distribuição de coroas na compra do lanche para as crianças que a compram, psicologicamente como se o consumidor como fosse se tornar um príncipe ou princesa, mexendo ativamente com a mente das crianças a fazendo querer consumir o produto carne muitas vezes só para adquirirem o objeto, já nem tocaremos em Mc Donalds pois este está muito ultrapassado já. Muitas das pessoas não tem acesso a todo processo desde o abate do animal, até ele estar servido na mesa. Questionamos o fato de se fosse você que tivesse que matá-lo com suas proprias mãos, você comeria? 
Esta contrapropaganda tem relação direta em vínculo com a disciplina que fala sobre mídia influênciadora em potêncial na vida das pessoas consumidoras. O assunto em questão é a carne, analisamos alguns videos tais como Lisa vegetariana, onde a criança questiona o que está comendo e se dá conta do que lhe é imposto desde pequena, sem antes direito de escolha.
 Consumidores/as são convidados a querer o produto por sua forma convidativa e brindes. Até quando? 
Merecemos comida saudável de qualidade já perceberam que salada tem custo baixo não lucrariam se tivessemos uma vida regrada e vegetariana, eles precisam de consumidores obesos, acima do peso, consumidores em potêncial de gorduras.
No nosso Folder e no nosso ensaio criamos uma ONG ficticia na qual o nome era "VIVA LEVE" justamente isso que queremos passar para VOCÊ, permita-se VIVER LEVE, se livre do peso do corpo e do da conciência, não mate para viver.


Trabalho de contrapropaganda realizado pelo grupo: Ana Carolina Zedradeck, Carlos Gesley e Caroline Dias.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

É preciso estar atento




"Logo pequeno me colocaram na frente daquela telinha colorida para me fazer para de correr pela casa. De início, os programas eram inocentes, mas o tempo passa e os programas mudam... É bem claro a forte influência que a TV exerce na minha vida atualmente. Ditando moda, conceitos, costumes e até pensamentos.  Passando informações sutis que causam impactos fortes. Hoje cresci e graças a televisão aprendi tudo que sei, pois meus pais não se importavam comigo, não me orientavam. Virei emo e homossexual, meu pai me julga por meus comportamentos, vive triste e doente, mas o que importa é ser feliz, temos que aproveitar as coisas voas da vida... é ou não é!" ( Depoimento de um jovem paulistano que pediu para não ser identificado) ¹


 Segundo o site Creio, quando adolescentes terminam seus estudos escolares (ensino médio) eles passaram mais tempo em casa, na frente da TV do que na escola, em sala de aula. 

"Não há discordâncias quanto ao fato de que a televisão pode entreter, informar e acompanhar as crianças, pode também exercer influências indesejáveis." ²

Devemos saber o quanto a televisão tem se tornado importante na era atual, mas impor limites é fundamental. O tempo que crianças e adolescentes passam vidrados na telinha é muito maior que o permitido, com isso perdem momentos do desensolvimento importantissímas, tais como: leitura, interação com a família, desenvolvimento social, brincadeiras, entre outros.

Creio também cita desvantagens de crianças que permanecem mais que o tempo previsto assistindo televisão, "correm um risco muito maior de:

  • fazer menos exercícios;
  • ler muito menos;
  • aumentar de peso;
  • apresentar pior desempendo escolar.' ³




É preciso ter cuidado. Muitas vezes as falhas nas etapas do desenvolvimento da criança é culpa inteira dos pais que ao não querer o filho correndo pela casa, como na primeira citação, acabam por deixar que a TV "exerça" a vida deles. 

Considero pertinente colocar aqui um vídeo de desenho animado, onde a personagem faz a seguinte pergunta: "De onde vem a televisão?"  








REFERÊNCIAS:

¹: Repórter de Cristo - Em: http://www.creio.com.br/2008/vida01.asp?noticia=135 

² Creio: http://www.creio.com.br/2008/vida01.asp?noticia=135 acessado 01/05/2012 às 21:35

³: idem à 2

Mudança, a base do desenvolvimento




      "Era uma vez uma tribo pré-histórica que se alimentava de carne de tigres de dentes de sabre. A educação nesta tribo baseava-se em ensinar a caçar tigres de dentes de sabre, porque disto dependia a sobrevivência de todos. Os mais velhos eram os responsáveis pela tarefa educativa. Passado algum tempo os tigres de dentes de sabre extinguiram-se. Criou-se um impasse: o apego à tradição dos mais velhos exigia que se continuasse a ensinar a caçar tigres de dentes de sabre; os mais jovens clamavam por uma reforma no ensino. O impasse perdurou por muito tempo. Mais precisamente até um dia que, por falta de alimento, a tribo extinguiu-se também." ¹


Pelo aprendizado que tive neste bimestre na cadeira de Mídias e Educação, ao ler este texto pude me teletransportar para o pensamento das mídias na contemporaneidade.  Estamos passando por um mesmo tipo de vivência, o da transformação, da mudança. Escuto repetidamente meu professor de Psicologia da Educação, Paulo de Sousa, que diz: "quando não há mudanças, não há desenvolvimento. O desenvolvimento necessita da mudança" e concordo plenamente com ele. Quero dizer que no mundo da tecnologia em que vivemos, não há como fugir, devemos nos adaptar, perceber o quanto de bom e útil estas mídias são e desenvolver em alunos a capacidade de usar as mesmas não só como entretenimento ou informação, mas como conhecimento. Educadores devem desenvolver a capacidade de avaliação de programas úteis para interagir com o pensamento tradicional "só aprendemos na escola". Não! Não aprendemos só na escola, aprendemos todo o dia, aprendemos com nossos pais, com animais, com os exemplos dos outros, somos educados e reeducados constantemente. 
Não há coerência ter tantas formas de usar as mídias a favor de algum propósito e manter a mesmo pensamento linear.




quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Criança, a alma do negócio"

Após assistir ao vídeo "Criança a alma do negócio" desenvolvemos um pensamento crítico ainda maior em relação a publicidade direcionada a crianças. É incrível como propagandas "simples" para a venda de mercadorias infantil cause tanto envolvimento na vida das pessoas (adultos também são envolvidos, mas percebe-se que as crianças são o "ponto fraco" das mídias). 
Instiga conhecer crianças citadas como "na moda". Por quê pensam desta forma? Por quê querem estar na moda? Quão prazeroso é?
Pessoalmente, considero inconformável ouvir crianças dizendo que não serão felizes se não ganharem tal roupa, tal calçado, tal brinquedo. A televisão cria um modo de felicidade, garantindo uma alegria momentânea. Momentânea sim! Pelo fato de ter "bombardeios" comerciais de venda de produtos, crianças querem tudo imediatamente. Quando os pais (educadores) satisfazem a vontade e compram determinada mercadoria, a mesma é, em questão de pouquíssimo tempo, esquecida, dando espaço para o querer outra "coisa".  Este desejo constante de consumo vem através da mídia, da televisão que fala diretamente com o público infantil. As crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o querer. 
Através do vídeo podemos observar o quanto a mídia absorve a infância impondo modos de ser e agir. Meninas de seis anos conhecem marcas como: "hello kitty" "barbie" "melissa-ou-melissinha", mas não sabem o que é uma minhoca; conhecem todos tipos de bolachas e salgados, mas não reconhecem frutas e verduras.
Os pais devem tomar cuidado com essa publicidade toda, pois, enquanto os anunciantes obtêm lucro com propagandas, as crianças sofrem o prejuízo de uma infância falida. 
Este documentário nos mostra um resultado devastador, nos faz refletir sobre o papel dos pais e responsáveis dentro de um cenário perplexo e sobretudo sobre o futuro da infância.



Que valores transmitimos?


Que seja feita a análise desta imagem. Parece, e de certa forma é, cômico, mas que enxerguemos a influência verdadeira contida na charge.
Jovens usam computadores para fazer trabalhos, pouco pensam a respeito, existem opiniões formadas muito mais práticas de serem usadas ao invés de absorver conhecimento. Queremos números, notas. Raros são os alunos que preocupam-se mais com o aprendizado em si, o importante é o número maior no "boletim", a concorrência.
O contato humano cada tempo diminui mais,  somos absolvidos pela tv, passamos a crer nela como verdade absoluta, "é verdade, aconteceu, deu na tv", frase típica. 
Que méritos futuros esperamos ter se ao educarmos as crianças transmitimos este tipo de valores? Creio que devemos sim usufruir das mídias, até porque no tempo em que vivemos é impossível fugir das mesmas, mas que sejamos inteligentes. Que saibamos administrar essas tecnologias a favor da sociedade, a favor do ser humano integro, que saibamos diferenciar conhecimento de informação, que consigamos nos desligar do automóvel para uma caminhada agradável, que tenhamos princípios. Amor próprio é ótimo, mas que alcancemos a grandeza do amor ao próximo. Que não nos tornemos seres feitos por uma sociedade onde a base é o status, banalizando o ensino. 

sábado, 21 de abril de 2012

Construção de sujeitos atráves das mídias

            As mídias participam da construção dos sujeitos pela proporção na qual é inserida no cotidiano dos mesmos. Propagandas cercam as pessoas, induzem, seduzem. Todo o cuidado é pouco perante um comercial considerado banal aos olhos de quem não os estuda. Folders com anúncios como “Saiba tudo sobre o mundo da informática e ainda ganhe uma bicicleta fazendo sua matrícula” distorcem a percepção do individuo, fazendo-o pensar que está realmente ganhando a bicicleta quando na verdade está pagando em prestações pequenas ao decorrer do curso.
A população em geral é tão induzida por estes meios de comunicação social que não percebem o quanto tornam-se vulneráveis diante deles, pessoas justificam suas compras excessivas com frases como: “compro, pois me sinto melhor”; “gastei todo meu dinheiro de tanta raiva que estava do meu (minha) namorado (a)”; “adquiri um sapato novo para diminuir o estresse vivido no trabalho”; etc., como se este vício de querer sempre mais acabasse com algum tipo de dor, angustia ou estresse.  Não pensamos isso sozinhos, não foi a toa que alguém creu que ir ao shopping diminuiria dores emocionais. A mídia nos levou a pensar assim mostrando pessoas felizes e sorridentes dentro de lojas, pessoas contentes ao realizarem a compra.
Analisemos a propaganda da Bombril, o interlocutor fala diretamente com as mulheres “minha querida dona de casa”, excluindo a probabilidade de ser um homem a usar o produto. Comerciais deste tipo geram preconceito, insinuando que a mulher deve lavar a louça e cuidar da casa.
Devemos prestar atenção também ao endereçamento a qual os comerciais são direcionados e a questão dos horários, é tudo esquematizado. Pela manhã em canal aberto temos “Mais Você” com receitas de culinária (endereçamento: donas de casa, cozinheiras); logo após desenho animado (crianças; horário em que estão acordando); jornal do almoço, momento em que a família está reunida; enfim, uma série de programas que aglomeram os espectadores certos. Por que jogos de futebol são passados a noite? Pois é o horário que os homens encontram-se em casa, e a maioria das pessoas que assistem ao futebol são os homens. Simples, basta que pensemos. As produções são baseadas nos horários em que o público alvo está em casa.
A partir de reflexões, estamos certos de que desenvolver conceitos midiáticos nas escolas tem fundamental importância. Questionar crianças e jovens sobre as tarefas de casa e habilidades, pedir que desenhe os afazeres de meninos e as de meninas e discutir sobre pode ser um ótimo exercício. Construir um pensamento critico, abordando perguntas como: por que menina lava louça e menino não, se menino tem as mesmas condições física que a menina. Por que o sexo masculino é considerado melhor que o feminino em direção de automóveis se é provado que os acidentes tem mais envolvimento com homens do que com mulheres, e diversas outras perguntas que faça com que os alunos pensem a respeito desta problematização.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Televisão/Telespectador

A realidade é que para criticarmos algo, devemos conhecer. Para estabelecer nossa opnião a respeito de programas de televisão, somos obrigados  a assisti-los. Quando torna-se popular determinado programa, mesmo que com má reputação, este está atingindo o desejado. É isso que importa, a audiência. Se esta está acontecendo, seja positiva ou negativa, para quem tem salário atráves disso, o importante é que seja mantido. 
Penso nisso quando lembro das crianças e jovens que não gostavam do programa "Rebeldes", e então faziam manifestações via redes sociais contra o próprio. Por fim, pessoas que não tinham conhecimento da existência desta novela passaram a ter curiosidade, querendo saber o que acontece neste programa que desperta a negação do público. É válido ressaltar, que espectadores que gostavam de "Rebeldes" o defendiam e com o aumento da popularidade midiática, o programa só teve beneficios. 






domingo, 1 de abril de 2012

Reflexões acerca das Mídias na Educação

Na contemporaneidade a que estamos inseridos a mídia passa a ter uma contribuição enorme - positiva e negativa - na formação de jovens e crianças. Chegamos ao ponto em que devemos transformar baixa cultura, como programas estilo Big Brother Brasil exibido pela Rede Globo, em estudo para que possamos desenvolver com os jovens conceitos formadores de pensamentos, ideias, julgamentos.
Formulemos juntos o olhar, que é o essencial. Como escreveu Rosa Fischer: “o simples olhar que depositamos sobre as imagens carrega sempre a possibilidade de fazer algo com elas” (FISCHER, 2003,p.53). Ressaltamos aqui a grande diferença entre ver e olhar. Existem pessoas que vêem, mas não olham. Ver, segundo a definição do dicionário online de Português, é “perceber pela vista; enxergar, avistar”, já olhar é analisar “encarar, examinar, contemplar”. O que necessitamos é educar este olhar para, ao deparar com comerciais fúteis, que de certa maneira nos envolvem, saibamos proceder diante deles.

Interessa-nos discutir como proceder para não cair no histerismo da sociedade moderna de querer adquirir tudo que é mostrado por comerciais e não permitir, como futuros docentes, que crianças sintam-se necessitadas de ter certo objeto, que em sua funcionalidade torna-se banal, para sentir-se pertencente a algum grupo.É fato que aprendemos e somos informados com as mídias, estão elas por toda a parte: quando vemos cartazes de prevenção da influenza H1N1 ou convidando-nos para fazer curso de inglês por apenas R$90,00 mensais; quando assistimos na TV a catástrofe no Japão ou as cores primárias passadas no canal “Discovery Kids”; quando procuramos na internet textos que nos ajudam a fazer trabalhos ou quando queremos uma receita de bolo nova, etc. A mídia faz parte do nosso cotidiano, não temos como fugir. Somos chamados de “alienados” se caso não conhecemos o vídeo mais visto dos últimos dias no “youtube”, e aqui faço a seguinte pergunta: Até que ponto devemos nos importar com o que pensam de nós? Que ao longo da disciplina consigamos crescer em pensamento para que em hipótese alguma deixemos nos levar pela idéia generalizada que a mídia nos passa.




Referência:
Fischer, Rosa Maria Bueno
Televisão & Educação: fruir e pensar a TV/ Rosa Maria Bueno Fischer. - 2.ed - Belo Horizonte: Autêntica, 2003.