Reflexões acerca das Mídias na Educação
Na
contemporaneidade a que estamos inseridos a mídia passa a ter uma contribuição
enorme - positiva e negativa - na formação de jovens e crianças. Chegamos ao
ponto em que devemos transformar baixa cultura, como programas estilo Big Brother Brasil exibido pela Rede Globo, em estudo
para que possamos desenvolver com os jovens conceitos formadores de
pensamentos, ideias, julgamentos.
Formulemos juntos
o olhar, que é o essencial. Como escreveu Rosa Fischer: “o simples olhar que
depositamos sobre as imagens carrega sempre a possibilidade de fazer algo com
elas” (FISCHER, 2003,p.53). Ressaltamos aqui a grande diferença entre ver e
olhar. Existem pessoas que vêem, mas não olham. Ver, segundo a definição do
dicionário online de Português, é “perceber pela vista; enxergar, avistar”, já olhar é analisar
“encarar, examinar, contemplar”. O que necessitamos é educar este olhar para,
ao deparar com comerciais fúteis, que de certa maneira nos envolvem, saibamos proceder
diante deles.
Interessa-nos discutir
como proceder para não cair no histerismo da sociedade moderna de querer adquirir
tudo que é mostrado por comerciais e não permitir, como futuros docentes, que
crianças sintam-se necessitadas de ter certo objeto, que em sua funcionalidade
torna-se banal, para sentir-se pertencente a algum grupo.É fato que
aprendemos e somos informados com as mídias, estão elas por toda a parte:
quando vemos cartazes de prevenção da influenza H1N1 ou convidando-nos para
fazer curso de inglês por apenas R$90,00 mensais; quando assistimos na TV a
catástrofe no Japão ou as cores primárias passadas no canal “Discovery Kids”; quando procuramos na
internet textos que nos ajudam a fazer trabalhos ou quando queremos uma receita
de bolo nova, etc. A mídia faz parte do nosso cotidiano, não temos como fugir.
Somos chamados de “alienados” se caso não conhecemos o vídeo mais visto dos últimos
dias no “youtube”, e aqui faço a
seguinte pergunta: Até que ponto devemos nos importar com o que pensam de nós? Que
ao longo da disciplina consigamos crescer em pensamento para que em hipótese
alguma deixemos nos levar pela idéia generalizada que a mídia nos passa.
Referência:
Fischer, Rosa Maria Bueno
Televisão & Educação: fruir e pensar a TV/ Rosa Maria Bueno Fischer. - 2.ed - Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário