sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Insiro aqui o vídeo de apresentação do blog em decorrência de uma viagem que terei de realizar e não poderei assim, estar na sala de aula apresentando para todos. Peço desculpas pelo transtorno.
Agradeço aos professores Joice e Márcio, as monitoras e a todos os colegas pelas reflexões que juntos fizemos. Espero que sejamos professores inovadores e como escreveu Bauman "que saibamos remar contra a maré" dessa padronização de consumo exagerado.
Fico triste com o tom de despedida que a postagem segue, mas creio que cada um de nós termina este semestre com novas ideias e novos conceitos sobre mídias e que agora sabemos o quanto a mesma influencia a educação.


" Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." ANTOINE DE SAINT- EXUPÉRY














quinta-feira, 25 de outubro de 2012


“(...) Questionar o que precisamos der, de fato, em termos de bens materiais. Temos de pensar sobre aquele que tudo tem, mas a ele parece o que é muito pouco em relação ao que acha que deveria ter.
Até onde vamos? Até onde eu vou levar minha vida ao esgotamento, à custa de quê? De ter mais relógios, canetas, carros, de poder consumir mais? Se eu estou perdendo vida, estou vendendo a minha alma. Aliás, os cristãos têm uma frase que muitos executivos deveriam pensar sempre. Diz: “De nada adianta a um homem ganhar o mundo se ele perder sua alma” (Mt 16,26) .”  (CORTELLA, 2010, p.59)




Referência:

CORTELLA, Mario. Qual é a tua obra? : Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 10ed.  - Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

Mídias e Educação: aprendizagens construídas

Quando a tarefa é escrever sobre reflexões desencadeadas através da disciplina de Mídias e Educação, me permito postar aqui partes de um livro contendo conteúdos como a banalização da normalidade e o quanto devemos tomar cuidado com tal banalização para que possamos nos desvincular deste mundo midiático e ser, então, pessoas “normais”.

“Em 1974, dois caciques da nação Xavante vieram visitar a cidade de São Paulo. Na época, os xavantes não usavam o dinheiro como meio de qualidade de vida. Para eles, qualidade de vida era alimento, porque era o jeito de garantir sobrevivência. (...)
(...) Sabe o que eles não conseguiram entender no shopping e a gente não conseguiu explicar?  Por que a gente entrava num lugar cheio de espelho. Eles achavam inacreditável que, num mundo cheio de gente, a gente gostasse de se ver, em ver em vez de ver o outro. Se você estava com você o tempo todo, por que ia querer se ver? Esse excesso de espelho é um símbolo ético também, de certa forma egonarcisismo, que veio sobre nós.
            Nós o levamos também a um lugar magnífico, o Mercado Municipal, na área central. Aquilo é uma espécie de entreposto comercial, imenso, projetado por Ramos de Azevedo (...). E no Mercado Municipal é comida para todo o lado. Eles deram dois passos e ficaram pasmos. Pilhas de alface, de tomates, de cenoura, de laranja. Ficaram com o olhar talvez como o nosso olhar ficaria se entrássemos no cofre de um banco. Em certo momento, um deles viu uma coisa que nenhum e nenhuma de nós veria Ele cutucou e perguntou: “O que ele está fazendo?” E apontou no chão um menino negro, pobre (a gente sabia que era pobre por causa da roupa, ele não saberia) pegando alface pisada, tomate estragado, batata já moída e colocando num saquinho. Nenhum e nenhuma de nós veria aquilo, pois para nós é normal. Normal? Cuidado com o conceito de normal.
            Nós falamos: “Ué, ele está pegando comida”. O cacique não disse mas nada. Ele continuou andando conosco, mas não prestou atenção em mais nada. Depois de uns 15 minutos, ele falou:
            - Eu não entendi. Por que ele está pegando essa comida estragada aqui no chão, se tem essa pilha de comida boa?
            - É que para pegar comida dessa pilha aqui precisa de dinheiro.
            - E ele não tem dinheiro?
            - Não tem.
            - Por que não tem dinheiro? – indagava o cacique.
            No que ele está cutucando? Na nossa base ética, no nosso valor de vida. A gente acha que uma criança com fome, mesmo diante de uma pilha de comida boa, pode comer comida estragada. Porque a vida é assim. É normal.
            - Ele não tem dinheiro porque ele é criança.
            - E o pai dele tem?
            -Não, o pai dele não tem.
            - Não entendi. Por que você, que é grande, tem e o pai dele, que é grande, não tem? De qual pilha você come, dessa daqui ou a do chão?
            - Dessa daqui.
            -Por quê?
            A única resposta possível para o cacique naquele momento foi a resposta que algumas pessoas que já desistiram dão: “Sabe o que é? É que aqui é assim”...
            Os dois índios, diante da resposta falaram uma coisa de que eu nunca mais esqueci. “Vamos embora.” Não é que eles pediram para ir embora do mercado, eles pediram para ir embora de São Paulo. Veja como eles são “selvagens”.
            Eles não conseguiram compreender essa coisa tão óbvia: que uma criança faminta, diante de uma pilha de comida boa, pega comida podre. Eles não são “civilizados”. Sabe como ele passaria batido e nem repararia na cena? Se ele tivesse sido criado em algumas de nossas famílias, se ele tivesse ido a algumas de nossas igrejas, se ele tivesse freqüentado a alguns de nossos meios de comunicação. Aí ele ia achar aquela cena normal.
            Neste instante, é bom lembrar que é necessário cuidar da ética porque senão anestesiamos a nossa consciência e começamos a achar tudo normal.” (CORTELLA, 2010, p.129)
           
           
Creio que este texto abarque grande significado perante todo o aprendizado que tivemos durante o semestre. Estamos tão acostumados a ver cartazes, imagens, folder’s, capaz de revistas por todo o lado com os mesmos corpos, as mesmas representações de beleza que acabamos por achar “normal” acusar alguém mais gordinho de não ter saúde, de ser feio, e até de não ser feliz. É normal fazer isso? Alguns podem até considerar um ato de normalidade esse julgamento prévio, mas e aos estudantes midiáticos, futuros professores? O que passaremos para nossos alunos se não a “normalização” da diferença?
Posso dizer que evolui muito com esta disciplina, e não só no lado profissional de iniciação à docência, mas também como pessoa. Aprendemos a (re)significar comerciais de tv e principalmente as necessidades dos jovens - cito jovens incluindo-me. Nunca fui muito consumista, nem exigente, mas após as reflexões criadas todas terças e quintas, devo confessar que meu lado critico perante as compras afloraram. É aquele velho dilema entre: quero ou preciso, e a verdade é que precisamos de pouco, bem pouco. A maior parte é do querer, e então vem à tona o pensamento criado durante todo o processo de aprendizado aqui: quero por quê? Quero impressionar a quem? Por quê? Se eu consumir isto me sentirei melhor?
Acredito que a partir do momento que analisamos as propagandas e dedicamos nossa atenção a elas, somos capazes de perceber um outro lado do mundo dos adolescentes e com isso, passamos a entender que na maioria das vezes os jovens consumem principalmente para fazer parte de determinado grupo. Quando por meio do texto de Márcia Figueira debatemos sobre o corpo feminino nos tornamos sensatos quando culpamos a mídia por todo o consumo gerado entre os jovens. Os jovens são tão potentes em relação às compras, que empresas já destinam os comerciais para o público certo: adolescência.
Falar desta nova geração de consumidores é brilhante, eles nos anestesiam a cada frase completa que pronunciam quando o assunto é “não consigo viver sem”. O processo de aprendizado que calmamente tentaremos ensina-los será de grande valia, pois agora temos preparos para conduzi-los a uma vida menos consumista.







Referências Bibliográficas:

CORTELLA, Mario. Qual é a tua obra? : Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 10ed.  - Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

Vídeo encontrado em: http://www.youtube.com/watch?v=AGY6AMLw0tA

Reflexões realizadas a cerca do texto “Os gastos dos adolescentes” encontrado no livro “44 cartas de um mundo liquido moderno” de Zygmunt Bauman.

Hoje, mais do que nunca, ao refletir sobre adolescentes remetemos nosso pensamento imediatamente ao consumo, seja por lembrarmos de vídeo games, celulares, computadores ou até mesmo os grupos sociais a qual estão inseridos. Segundo Bauman, os grupos a qual nos inserimos são aqueles cujo nos identificamos e damos a ele importância “Considera-se que estamos aptos para viver e agir em grupo quando adquirimos as competências para nos comportar de maneira aceitável e, então, somos considerados livres para assumir a responsabilidade de nossas ações.” (BAUMAN,2010, p.45) ou seja, no decorrer da nossa história social estamos sujeitos a fazer o que o grupo considera correto e agimos numa espécie de liberdade condicionada. É em decorrência disto que vemos adolescentes tão parecidos, agindo e vestindo-se da mesma maneira.
Percebemos o quanto a contemporaneidade em que vivemos modifica-se rapidamente quando Bauman trás uma pesquisa realizada pelo Office for National Statistics  sobre as despesas das famílias, afirmando que o adolescente gasta cerca de R$23.500,00 por ano.  É destacado também que os gastos dos jovens começam cada vez mais cedo, e que tais objetos não causam mais as mesmas sensações nos jovens e eles não atribuem os mesmos valores que em décadas passadas. Com base neste pensamento, podemos refletir até mesmo a cerca das crianças. Quando vamos a alguma loja de roupa infantil, o que vemos? Vemos cópias de roupas dos adultos em tamanho pequeno, não vemos mais as “roupas de crianças”. Nossa sociedade já foi infestada pela cultura em massa, fazendo com que adultos criem, desde cedo, o estilo de roupa que seus filhos vão vestir e, bem ou mal, instruindo-os a comprar, afinal, quem ao ver uma criança de meia calça, short, botinha e jaqueta jeans não faz algum elogio?  É um “mini-adulto” na “moda”. Famosos usam, a mídia nos “ensinou” que usar tais peças é estar na moda, logo, acreditamos.
Bauman cita Giacomo Segantini, um de seus leitores, e fala do modo diferente a qual ele vive, “Giacomo Segantini escolheu ou foi obrigado a remar contra a maré – e as ondas são poderosas.” (BAUMAN, 2011, p.55) admirando a forma como seu leitor leva a vida, não se deixando contaminar pela produção em massa de pensamentos e estilos de vida. No mundo imagético a qual vivemos, poucos são os que não se deixam influenciar pela mídia, e “remam contra a maré” e contra toda a pressão daqueles que nos rodeiam. Com isso, creio que estudar as “mensagens de markenting” nos garanta uma boa base para termos forças para lidarmos com todo tipo de pressão social e transmitirmos novos valores para outras pessoas – alunos.
Para encerrar,posto aqui um vídeo cujo fala exatamente dos gastos dos adolescentes para que possamos engendrar melhor nossas criticas.




Refêrencias Bibliográficas: 

BAUMAN, Zygmunt. Aprendendo a pensar com a sociologia, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010

BAUMAN, Zygmunt, 44 cartas do mundo liquido moderno, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.

Contrapropaganda



Nossa proposta de contrapropaganda foi um Folder sobre o vegetarianismo, contra a carne vermelha, apresentando uma nova proposta de vida para as pessoas. Acreditamos verdadeiramente que nos dias de hoje estamos em um consumo exacerbado em relação a carne, a propaganda é secundária a partir da venda de produtos que á contém como Fast Foods como Burguer King que está cada vez mais se colocando no mercado com distribuição de coroas na compra do lanche para as crianças que a compram, psicologicamente como se o consumidor como fosse se tornar um príncipe ou princesa, mexendo ativamente com a mente das crianças a fazendo querer consumir o produto carne muitas vezes só para adquirirem o objeto, já nem tocaremos em Mc Donalds pois este está muito ultrapassado já. Muitas das pessoas não tem acesso a todo processo desde o abate do animal, até ele estar servido na mesa. Questionamos o fato de se fosse você que tivesse que matá-lo com suas proprias mãos, você comeria? 
Esta contrapropaganda tem relação direta em vínculo com a disciplina que fala sobre mídia influênciadora em potêncial na vida das pessoas consumidoras. O assunto em questão é a carne, analisamos alguns videos tais como Lisa vegetariana, onde a criança questiona o que está comendo e se dá conta do que lhe é imposto desde pequena, sem antes direito de escolha.
 Consumidores/as são convidados a querer o produto por sua forma convidativa e brindes. Até quando? 
Merecemos comida saudável de qualidade já perceberam que salada tem custo baixo não lucrariam se tivessemos uma vida regrada e vegetariana, eles precisam de consumidores obesos, acima do peso, consumidores em potêncial de gorduras.
No nosso Folder e no nosso ensaio criamos uma ONG ficticia na qual o nome era "VIVA LEVE" justamente isso que queremos passar para VOCÊ, permita-se VIVER LEVE, se livre do peso do corpo e do da conciência, não mate para viver.


Trabalho de contrapropaganda realizado pelo grupo: Ana Carolina Zedradeck, Carlos Gesley e Caroline Dias.