sábado, 21 de abril de 2012

Construção de sujeitos atráves das mídias

            As mídias participam da construção dos sujeitos pela proporção na qual é inserida no cotidiano dos mesmos. Propagandas cercam as pessoas, induzem, seduzem. Todo o cuidado é pouco perante um comercial considerado banal aos olhos de quem não os estuda. Folders com anúncios como “Saiba tudo sobre o mundo da informática e ainda ganhe uma bicicleta fazendo sua matrícula” distorcem a percepção do individuo, fazendo-o pensar que está realmente ganhando a bicicleta quando na verdade está pagando em prestações pequenas ao decorrer do curso.
A população em geral é tão induzida por estes meios de comunicação social que não percebem o quanto tornam-se vulneráveis diante deles, pessoas justificam suas compras excessivas com frases como: “compro, pois me sinto melhor”; “gastei todo meu dinheiro de tanta raiva que estava do meu (minha) namorado (a)”; “adquiri um sapato novo para diminuir o estresse vivido no trabalho”; etc., como se este vício de querer sempre mais acabasse com algum tipo de dor, angustia ou estresse.  Não pensamos isso sozinhos, não foi a toa que alguém creu que ir ao shopping diminuiria dores emocionais. A mídia nos levou a pensar assim mostrando pessoas felizes e sorridentes dentro de lojas, pessoas contentes ao realizarem a compra.
Analisemos a propaganda da Bombril, o interlocutor fala diretamente com as mulheres “minha querida dona de casa”, excluindo a probabilidade de ser um homem a usar o produto. Comerciais deste tipo geram preconceito, insinuando que a mulher deve lavar a louça e cuidar da casa.
Devemos prestar atenção também ao endereçamento a qual os comerciais são direcionados e a questão dos horários, é tudo esquematizado. Pela manhã em canal aberto temos “Mais Você” com receitas de culinária (endereçamento: donas de casa, cozinheiras); logo após desenho animado (crianças; horário em que estão acordando); jornal do almoço, momento em que a família está reunida; enfim, uma série de programas que aglomeram os espectadores certos. Por que jogos de futebol são passados a noite? Pois é o horário que os homens encontram-se em casa, e a maioria das pessoas que assistem ao futebol são os homens. Simples, basta que pensemos. As produções são baseadas nos horários em que o público alvo está em casa.
A partir de reflexões, estamos certos de que desenvolver conceitos midiáticos nas escolas tem fundamental importância. Questionar crianças e jovens sobre as tarefas de casa e habilidades, pedir que desenhe os afazeres de meninos e as de meninas e discutir sobre pode ser um ótimo exercício. Construir um pensamento critico, abordando perguntas como: por que menina lava louça e menino não, se menino tem as mesmas condições física que a menina. Por que o sexo masculino é considerado melhor que o feminino em direção de automóveis se é provado que os acidentes tem mais envolvimento com homens do que com mulheres, e diversas outras perguntas que faça com que os alunos pensem a respeito desta problematização.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Televisão/Telespectador

A realidade é que para criticarmos algo, devemos conhecer. Para estabelecer nossa opnião a respeito de programas de televisão, somos obrigados  a assisti-los. Quando torna-se popular determinado programa, mesmo que com má reputação, este está atingindo o desejado. É isso que importa, a audiência. Se esta está acontecendo, seja positiva ou negativa, para quem tem salário atráves disso, o importante é que seja mantido. 
Penso nisso quando lembro das crianças e jovens que não gostavam do programa "Rebeldes", e então faziam manifestações via redes sociais contra o próprio. Por fim, pessoas que não tinham conhecimento da existência desta novela passaram a ter curiosidade, querendo saber o que acontece neste programa que desperta a negação do público. É válido ressaltar, que espectadores que gostavam de "Rebeldes" o defendiam e com o aumento da popularidade midiática, o programa só teve beneficios. 






domingo, 1 de abril de 2012

Reflexões acerca das Mídias na Educação

Na contemporaneidade a que estamos inseridos a mídia passa a ter uma contribuição enorme - positiva e negativa - na formação de jovens e crianças. Chegamos ao ponto em que devemos transformar baixa cultura, como programas estilo Big Brother Brasil exibido pela Rede Globo, em estudo para que possamos desenvolver com os jovens conceitos formadores de pensamentos, ideias, julgamentos.
Formulemos juntos o olhar, que é o essencial. Como escreveu Rosa Fischer: “o simples olhar que depositamos sobre as imagens carrega sempre a possibilidade de fazer algo com elas” (FISCHER, 2003,p.53). Ressaltamos aqui a grande diferença entre ver e olhar. Existem pessoas que vêem, mas não olham. Ver, segundo a definição do dicionário online de Português, é “perceber pela vista; enxergar, avistar”, já olhar é analisar “encarar, examinar, contemplar”. O que necessitamos é educar este olhar para, ao deparar com comerciais fúteis, que de certa maneira nos envolvem, saibamos proceder diante deles.

Interessa-nos discutir como proceder para não cair no histerismo da sociedade moderna de querer adquirir tudo que é mostrado por comerciais e não permitir, como futuros docentes, que crianças sintam-se necessitadas de ter certo objeto, que em sua funcionalidade torna-se banal, para sentir-se pertencente a algum grupo.É fato que aprendemos e somos informados com as mídias, estão elas por toda a parte: quando vemos cartazes de prevenção da influenza H1N1 ou convidando-nos para fazer curso de inglês por apenas R$90,00 mensais; quando assistimos na TV a catástrofe no Japão ou as cores primárias passadas no canal “Discovery Kids”; quando procuramos na internet textos que nos ajudam a fazer trabalhos ou quando queremos uma receita de bolo nova, etc. A mídia faz parte do nosso cotidiano, não temos como fugir. Somos chamados de “alienados” se caso não conhecemos o vídeo mais visto dos últimos dias no “youtube”, e aqui faço a seguinte pergunta: Até que ponto devemos nos importar com o que pensam de nós? Que ao longo da disciplina consigamos crescer em pensamento para que em hipótese alguma deixemos nos levar pela idéia generalizada que a mídia nos passa.




Referência:
Fischer, Rosa Maria Bueno
Televisão & Educação: fruir e pensar a TV/ Rosa Maria Bueno Fischer. - 2.ed - Belo Horizonte: Autêntica, 2003.