Reflexões realizadas a cerca do texto “Os gastos dos
adolescentes” encontrado no livro “44 cartas de um mundo liquido moderno” de
Zygmunt Bauman.
Hoje, mais do que nunca, ao
refletir sobre adolescentes remetemos nosso pensamento imediatamente ao consumo,
seja por lembrarmos de vídeo games, celulares, computadores ou até mesmo os
grupos sociais a qual estão inseridos. Segundo Bauman, os grupos a qual nos
inserimos são aqueles cujo nos identificamos e damos a ele importância
“Considera-se que estamos aptos para viver e agir em grupo quando adquirimos as
competências para nos comportar de maneira aceitável e, então, somos
considerados livres para assumir a responsabilidade de nossas ações.”
(BAUMAN,2010, p.45) ou seja, no decorrer da nossa história social estamos
sujeitos a fazer o que o grupo considera correto e agimos numa espécie de
liberdade condicionada. É em decorrência disto que vemos adolescentes tão
parecidos, agindo e vestindo-se da mesma maneira.
Percebemos o quanto a
contemporaneidade em que vivemos modifica-se rapidamente quando Bauman trás uma
pesquisa realizada pelo Office for National Statistics sobre as despesas das famílias, afirmando que o
adolescente gasta cerca de R$23.500,00 por ano.
É destacado também que os gastos dos jovens começam cada vez mais cedo,
e que tais objetos não causam mais as mesmas sensações nos jovens e eles não
atribuem os mesmos valores que em décadas passadas. Com base neste pensamento,
podemos refletir até mesmo a cerca das crianças. Quando vamos a alguma loja de
roupa infantil, o que vemos? Vemos cópias de roupas dos adultos em tamanho
pequeno, não vemos mais as “roupas de crianças”. Nossa sociedade já foi
infestada pela cultura em massa, fazendo com que adultos criem, desde cedo, o
estilo de roupa que seus filhos vão vestir e, bem ou mal, instruindo-os a
comprar, afinal, quem ao ver uma criança de meia calça, short, botinha e
jaqueta jeans não faz algum elogio? É um
“mini-adulto” na “moda”. Famosos usam, a mídia nos “ensinou” que usar tais
peças é estar na moda, logo, acreditamos.
Bauman cita Giacomo Segantini, um
de seus leitores, e fala do modo diferente a qual ele vive, “Giacomo Segantini escolheu ou foi obrigado a
remar contra a maré – e as ondas são poderosas.” (BAUMAN, 2011, p.55)
admirando a forma como seu leitor leva a vida, não se deixando contaminar pela
produção em massa de pensamentos e estilos de vida. No mundo imagético a qual
vivemos, poucos são os que não se deixam influenciar pela mídia, e “remam contra a maré” e contra toda a
pressão daqueles que nos rodeiam. Com isso, creio que estudar as “mensagens de markenting” nos garanta uma
boa base para termos forças para lidarmos com todo tipo de pressão social e
transmitirmos novos valores para outras pessoas – alunos.
Para encerrar,posto aqui um vídeo
cujo fala exatamente dos gastos dos adolescentes para que possamos engendrar
melhor nossas criticas.
Refêrencias Bibliográficas:
BAUMAN, Zygmunt. Aprendendo a pensar com a sociologia, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010
BAUMAN, Zygmunt, 44 cartas do mundo liquido moderno, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário